Luxa promete resposta ao ‘cala boca’ e não vê comprometimento do grupo
Técnico não engole posição de Patricia Amorim e diz que time não está focado por conta de problemas extra-campo
O clima segue quente nos bastidores do Flamengo. Diretoria e departamento de futebol continuam sem falar a mesma língua. Depois de ter concedido entrevista coletiva na última terça-feira dando razão à cobrança de atrasados por parte dos jogadores, Vanderlei Luxemburgo viu a presidente Patricia Amorim se posicionar no dia seguinte. A dirigente disse que ela é quem manda no clube e afirmou que cada um deveria responder pelo seu departamento. O treinador não gostou do que classificou como “Cala boca, Luxa” e disse que vai se posicionar com firmeza depois do segundo jogo da pré-Libertadores, no dia 1º fevereiro. Vanderlei disse ainda que por conta dos problemas extra-campo ainda não consegue enxergar comprometimento do grupo.
- Não é o momento de eu discutir isso, mas uma hora eu vou falar. Muitas coisas foram ditas. A entrevista que eu dei para vocês (jornalistas) quando estavam acontecendo muitas coisas foi tentando amenizar, acalmar, passar tranquilidade, mostrar que não existe culpado, existe um processo normal no futebol. O clube deve, então o jogador não pode deixar de falar. De repente fui mal interpretado, ou quiseram dar um cala boca no Luxa: fica aqui e cala a boca. Vou trabalhar muito para classificar o time para a fase seguinte da Libertadores. Depois, vou me posicionar sobre tudo que aconteceu na pré-temporada, com uma análise bem criteriosa, tudo que se passou. O momento é de ninguém falar. O Flamengo é mais importante do que todo mundo. A obrigação de todos é classificar o Flamengo. Se ficar com egoísmo de quem está certo ou errado o Flamengo é que vai sair quebrado – afirmou Vanderlei Luxemburgo.
Questionado se consegue detectar comprometimento dos jogadores, o técnico disse que não. E apontou os problemas financeiros como justificativa.
- Ainda não vejo isso (comprometimento) em função das muitas coisas que aconteceram, coisas atravessadas, você não consegue focar. A cabeça vai pra lá, vem pra cá, vai pra ali. Hoje não vejo o grupo focado numa situação. Quando resolverem as coisas que estão pendentes, a partir daí vai se direcionar. Cabe a nós esquecermos os problemas e tocarmos o Flamengo. Isso é o mais importante de tudo – completou o treinador.